Respostas às minhas reflexões

Hora e outra, durante minhas aulas no Curso de Comunicação e Marketing onde fui docente, acabava citando alguns marcos da história, que acabaram por ser start para transformações na história da humanidade, e que sempre deflagraram a origem de uma nova sociedade, e de novos tempos. A 1ª Guerra Mundial, que aconteceu em virtude de conflitos entre as grandes potências de todo o mundo, e quase 20 anos depois, a 2ª Guerra Mundial, quando as principais Nações envolvidas, dedicaram toda sua capacidade econômica, industrial e científica a serviço dos esforços da guerra, foram muitas vezes meus exemplos como marcos destes processos de transição da sociedade.

Não é algo tão inesperado, esperar o outro momento de grande transformação, que muito provavelmente, chegasse com o anuncio da 3ª Guerra Mundial, e que, de fato, a cada dia que se passava, parecia estar mais perto!

Pois bem, 75 anos se passaram depois do fim da 2ª Guerra Mundial e, de forma quieta, com outras motivações e interesses, porém munida de armas letais, tenho muitos motivos para acreditar que sim, estamos em meio a este grande campo de batalha, que vou chamar de 3ª Guerra Mundial Silenciosa. Um momento de transformação da humanidade, onde os soldados que hoje lutam, não são só militares, e não vestem fardas. Aliás, na maior parte são civis, à paisana, sem qualquer título ou credencial, sem medalhas ou honras, sem brasões ou patentes, e que, se quer se deram conta que estão nessa batalha, e que são peças chave e decisivas na estratégia e na tática que vão conquistar a vitória, ou render-se à derrota desta vez.

Essa 3ª Guerra Silenciosa, não é entre Países ricos lutando contra outros Países ricos, só em busca de mais riquezas materiais. O País mais forte dessa vez, e que tem mais chance de se transformar e vencer o inimigo invisível, não terá que investir em armas de fogo ou em armamentos nucleares, mas sim em ciência, na saúde, na infra estrutura, no respeito pelo outro, e na tecnologia a favor da vida humana. O verdadeiro inimigo, já está e habita entre nós, e não morre com bombas e tiros… ele é invisível e sagaz!

Essa Guerra trouxe à tona a inversão de valores, onde os Países mais ricos e poderosos, não estão necessariamente em vantagem. Petróleo sem consumo, não tem mais a supremacia como moeda de troca, o ouro hoje não é sólido, nem líquido, é em gel, usado como arma de proteção e forma de sobrevivência contra o inimigo. O consumo desenfreado e inconsciente foi freado, as viagens pelo mundo canceladas, as reuniões presenciais desmarcadas, e os planos a curto e médio prazo parecem estar congelados, como numa brincadeira de estátua, esperando a hora de descongelar, com a esperança inocente de que tudo, tudo voltará a ser como era antes.

O trabalho ficou inacabado no escritório, as lojas foram fechadas às pressas, os funcionários dispensados, e parece mesmo que, de uma hora pra outra, o mundo parou, e agora, não sabemos bem o que fazer com isso. Para os que ainda não caíram na real, parece até que está sobrando tempo, e este é mesmo só um tempinho de tirar proveito e vantagem do que dá pra tirar.

O mais interessante é que, precisou que isso acontecesse para entendermos que, de fato, o que importa não é o dinheiro ou o poder que temos ou deixamos de ter. Dinheiro hoje não é sinônimo de cura, não salva e não paga as contas morais e éticas que ficaram pra traz. Precisou acontecer para que famílias começassem a valorizar mais os seus entes com o distanciamento social, e entenderem que distância não existe quando se ama, e que longe, é um lugar que não existe, exceto quando acreditarmos que existe.

Diferente das outras, a Guerra Silenciosa que enfrentamos hoje é lutada todos os dias, por traz de máscaras, álcool em gel, água e sabão, algumas vezes trocando as trincheiras pelos “abrigos” dos sofás de casa, por meio de respiradores nos escassos quartos de Hospitais, outras vezes na lida de quem trabalha para não deixar o mundo parar, mesmo com a sensação que algo muito maior está por acontecer. Seja de onde for, nos guardamos com a esperança de sairmos, mais sábios, mais jovens, mais prontos, com outra visão de vida, ou, quem sabe, ao menos vivos.

Na antagonia poética e dramática deste momento, em tempo de guerra, tempo de paz, em tempo de espera, é tempo de pensar, repensar e reaprender para recomeçar e renascer!

Afinal, o que vence a Guerra é atitudesabedoriaentrega, é a verdadeira fé e, acima de tudo, o amor!

Ana Lahor, da Soul.

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Olá, sou a Ana Lahor, graduada em Publicidade & Propaganda, com MBA em Gestão em Comunicação e Marketing pela USP/ECA, ministrei aulas em Universidade por 12 anos. Habilitada em Coaching e Consultoria, atuei nas áreas de Treinamento e Gestão junto a American Express do Brasil. Fui Diretora Comercial, de Marketing e Atendimento em algumas Agências de Publicidade e Produtora de Vídeos na Cidade de Uberlândia MG.

Criei a Soul em 2010 e, em 2020 por influencia do meu sócio e também Diretor, Ian Lahor Amato, transformamos a agência em um estúdio disruptivo, com uma proposta inovadora de serviço. Venha nos conhecer e surpreenda-se!

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